Odeio novela. Odeio pau de selfie. Odeio aquela menina.
Odeio mais ainda aquela roupa. Odeio gente que aplaude o pôr do sol. Odeio o que é gourmet. Odeio meu ex. Odeio BBB. Odeio você e todo mundo que te apoia.
Vocês já perceberam a quantidade de tempo e energia que a gente gasta
odiando as coisas? É incrível. As redes sociais estão cada vez mais infestadas
de discursos desse tipo e quem endossa esse comportamento violento somos nós
mesmos. Mas por quê?
Porque é muito mais fácil
criticar que elogiar, ué. E muito mais gostoso também. Nenhum de nós quer
admitir, mas no fundo sentimos aquela pontinha de superioridade quando
declaramos ser contra alguma coisa, afinal, por algum motivo ela ofende o nosso
tão elaborado intelecto: “É sério que você escuta funk? Justo você, uma pessoa
tão culta...”. “Justo você”? Sério que gostar de uma coisa me coloca abaixo na
cadeia alimentar? É possível que isso invalide e torne negativa toda construção
da minha personalidade durante os anos? Funk é antônimo de cultura? Doido, hein?! Nem sabia.
E percebam que esse papinho serve
pra qualquer coisa que seja mainstream no momento. Uso o exemplo do funk porque
eu mesma já falei essas coisas. Tive a minha fase ~chatinha pseudocult do heavy
metal~ e acreditava piamente que funkeiros deveriam ser exterminados, usando de um discurso fascista que só. Uma
menina de treze anos desejando de coração que pessoas sumissem da face da terra
por conta do estilo de música que gostavam. Pra mim não importava o funk como manifestação cultural, comunicação ou arte. A capacidade de incorporar o preconceito
e a intolerância estavam em mim e eu sequer notava.
Hoje o que me incomoda é ver amigos aos 20, 30 e 50 anos com alguma
experiência de vida, que se dizem tão estudados e conscientes, falando a mesma coisa que eu
inocentemente dez anos atrás. E eu
não quero acreditar que qualquer tipo de ódio - mas especialmente o gratuito - pareça racional pra alguém.
Acho que no fundo o que temos que nos perguntar de verdade é: “Por que
eu odeio isso?” Lembrando que “porque eu quero” não é a resposta mais saudável ou madura. Você não é obrigado a gostar de nada, mas... Deixemos as pessoas ouvindo funk (com fones de ouvido) em paz. Deixa a galera de humanas aplaudir o pôr do sol. Deixa a amiga ir
na cervejada usando sombra azul. Deixa o irmão comentar BBB no twitter. Paremos
de nos incomodar tanto com o que faz os outros felizes e procuremos o que nos
agrada e faz bem. Eu tô tentando... E você?
Nossa miga, mais um post que super me identifico <3 Também to tentando.
ResponderExcluir<3
almas gêmeas, meu bem... Vamos tentar juntos!
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Palmas lentas....
ResponderExcluir<3
ExcluirAlê sendo Alê! Disse pouco, mas disse tudo. <3
ResponderExcluirSUA FOFINHA <3 obrigada pelo carinho
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